quinta-feira, 15 de maio de 2025

CHEGA: A Voz da Contestação e da Renovação Política em Portugal

Nos últimos anos, o partido CHEGA tem emergido como uma das forças políticas mais discutidas em Portugal. Fundado em 2019, sob a liderança de André Ventura, o partido posiciona-se como uma alternativa firme ao sistema político tradicional, captando a atenção de uma parte significativa do eleitorado que se sente desiludida com os partidos tradicionais.


Para muitos dos seus apoiantes, o CHEGA representa a coragem de dizer o que os outros não dizem. Com um discurso direto e assertivo, o partido tem abordado temas como a segurança, a justiça, a corrupção e a imigração com uma franqueza que, para alguns eleitores, há muito fazia falta na política portuguesa.


Um dos pontos centrais da narrativa do CHEGA é a luta contra a corrupção e o desperdício no setor público. A defesa de penas mais severas para crimes de colarinho branco e o apelo a uma justiça mais célere são bandeiras que ressoam entre cidadãos frustrados com a perceção de impunidade das elites políticas e económicas.



A nível económico, o CHEGA defende uma maior liberdade de mercado, redução da carga fiscal e valorização do mérito individual. Essas propostas atraem particularmente pequenos empresários e contribuintes que se sentem sobrecarregados pelo sistema atual.


No plano identitário, o partido sublinha a importância da cultura e soberania nacional, apelando a um modelo de integração que defende a preservação dos valores e tradições portuguesas. Para os seus simpatizantes, esta posição oferece uma resposta a receios relacionados com a globalização e a perda de identidade.


Independentemente das opiniões divergentes que desperta, o crescimento do CHEGA evidencia uma vontade de mudança expressa por uma parte relevante da sociedade portuguesa. Com presença consolidada na Assembleia da República e cada vez mais impacto no debate público, o partido demonstra que há um eleitorado disposto a apoiar uma agenda que promete romper com o status quo.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

O dia em que morreu Ayrton Senna

 Era 1 de maio de 1994, um domingo como tantos outros, mas com um peso no ar que ninguém sabia explicar. No Café Azenha, onde costumávamos assistir às corridas, reinava o entusiasmo habitual. As cadeiras estavam todas ocupadas, os cafés fumegavam nas mesas, e os olhos estavam fixos na televisão. Ayrton Senna, o nosso herói, estava prestes a correr mais uma vez. Mal sabíamos que aquela seria a última vez que o veríamos ao volante.

Logo na sétima volta do Grande Prémio de San Marino, o silêncio abateu-se sobre a sala. Aquele silêncio ensurdecedor que acontece quando algo terrível se passa. O carro de Senna embateu com violência contra o muro na curva Tamburello. Ficámos todos petrificados, com as mãos a cobrir as bocas. Lembro-me de alguém sussurrar:
— Não pode ser... Ele vai levantar-se, não vai?

Os minutos que se seguiram pareceram horas. Na televisão, as imagens mostravam os paramédicos a correrem, o helicóptero a preparar-se para o transporte. Mas algo no rosto de quem estava lá dizia que o pior tinha acontecido. Quando a notícia foi confirmada, o Café Azenha ficou num silêncio profundo, quase religioso. Não havia palavras, apenas lágrimas nos olhos de quem compreendia que o mundo tinha acabado de perder alguém especial.

Mais tarde, vi uma reportagem na televisão com Adriane Galisteu, a namorada de Senna. Ainda em choque, ela tentava encontrar forças para falar. Com os olhos marejados, confessou:
— Quando soube, recusei acreditar. Liguei para todos que conhecia, como se uma confirmação diferente fosse mudar o que já sabia no coração.

Fez uma pausa, como se revivesse o momento, e acrescentou:
— Ayrton dizia-me muitas vezes: “A vida é curta, mas deve ser vivida com paixão.” Ele viveu assim, mas deixou-nos demasiado cedo.

Aquelas palavras ecoaram na minha mente por dias. No Café Azenha, nos dias que se seguiram, falava-se de Senna como se fosse da família. A dor era quase pessoal, mas havia também gratidão por tudo o que ele nos deu. Ayrton Senna não era apenas um piloto; era o símbolo de um sonho maior, de coragem e inspiração. E, mesmo naquele momento trágico, sentimos que ele nunca nos deixaria completamente.


sábado, 9 de março de 2024

A morte do criador de Dragan Ball

Nos finais dos anos 80 e início dos anos 90, um fenómeno conquistou as telas e os corações dos jovens em todo o mundo: Dragon Ball. Para nós, nascidos na década de 80, esses episódios tornaram-se uma parte essencial das nossas tardes e fins de semana. Lembro-me vividamente de correr da escola para casa, ansioso por me juntar a Goku e aos seus amigos nas suas aventuras épicas.


Os combates emocionantes entre Goku e os seus formidáveis oponentes, como Freeza, eram como uma explosão de adrenalina que nos mantinha colados à frente da TV. Era algo mágico testemunhar a evolução do nosso herói, enfrentando desafios cada vez mais difíceis e ultrapassando limites aparentemente intransponíveis.


E quem poderia esquecer a cena de Goku voando na sua nuvem voadora, uma imagem que se tornou icónica para toda uma geração? Era como se estivéssemos a voar junto com ele, imersos num mundo de fantasia e aventura.




Hoje, com a notícia do falecimento do criador deste universo incrível, sentimos uma mistura de tristeza e gratidão. Akira Toriyama não apenas nos presenteou com uma série que marcou a nossa infância, mas também nos ofereceu lições de coragem, amizade e perseverança que carregamos connosco até hoje.



O seu legado transcende fronteiras e gerações, deixando uma marca indelével na cultura pop e no coração de todos aqueles que tiveram o privilégio de acompanhar as aventuras de Goku e dos seus amigos. Akira Toriyama será lembrado não apenas como o criador de Dragon Ball, mas como um visionário cujo impacto perdurará por muitos anos além da sua partida. Que a sua alma descanse em paz, enquanto o seu legado continua a inspirar e encantar os fãs de todas as idades ao redor do mundo.